Bem vindo (sobrevivência – 3)

A luta pela sobrevivência de uma espécie, ou de qualquer outra coisa, acontece independentemente de se ter imaginação, embora ela seja manifestamente importante na sedução do sexo oposto entre os membros das espécies que a têm. Noutros casos não será assim tão importante. Não estou a ver uma galáxia a puxar pela imaginação para retardar o ser devorada por outra, mas provavelmente tem os seus mecanismos.
Quando se tem imaginação, inteligência também poderia parecer uma palavra adequada, a noção de sobrevivência pode ser um pouco alargada. Ou modificada, talvez.
Imagine-se o leitor a pegar numa lupa. Poderia ser daquelas que os orientistas de vista cansada usam para acoplar à bússula e lhes permite ver no mapa detalhes que de outro modo não veriam. Leve agora a imaginação um pouco mais longe, por forma a conseguir ter uma lupa maior.  Neste momento já estará só a ver o planeta azul que, dentro da via láctea, se encontra bem perto do sol. Será que a gravidade é uma simples forma do planeta lutar pela sua sobrevivência? Aproxime um pouco mais. Vê muitos seres vivos, agrupados em espécies. E pode imaginar muitas outras espécies, que talvez venham a existir. E ainda outras cuja luta pela sobrevivência já acabou. É que, ao que parece, todas as espécies acabam por se extinguir.
O que fazem esses seres vivos? Procuram comida! Procuram com isso garantir a sua própria sobrevivência e o ter forças para seduzir o sexo oposto. E assim, mesmo que inadvertidamente, contribuem para a sobrevivência da espécie. Não tão inadvertidamente procuram que sobrevivam, em condições supostamente boas, os que lhes são próximos. O conceito de proximidade é que varia muito… Nalguns casos, nada para além do próprio umbigo está próximo. Noutros, o conceito estende-se mesmo aos que têm a mesma cor exterior, o que se equiparará a ter as mesmas letras no passaporte. E há outros em que se vai mesmo além disso! Não muito, claro…

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